7 de mar. de 2013

Morre quem dá Ibope, não nasce ninguém.



Morre quem dá Ibope e não nasce ninguém.

A morte morreu ontem
morre hoje
e continua,
morte mansinha
que é minha
e sua;

Morrem bedéis
dragões
e reis,
morrem em bordéis
galpões
sem leis;

Alheios e vendados, seguimos
indiferentes a qualquer morte real,
cultuando a vida da casca que construímos
extasiados de extermínio virtual

(mas o pranto continua no hospital:
"nasceu chorão meu filho que não tem nome
e ao chorar, se engasgou com a própria fome
nasceu formoso, ia se chamar Brasil
eu quis salvá-lo, mas ao gritar, ninguém ouviu.")


Thuan Carvalho.

3 comentários:

  1. Dias desses estava pensando algo assim.

    (Flores)

    ResponderExcluir
  2. Quem é o poeta que vc traz dentro de si?
    Algum dos que já trabalharam as palavras de certo rodeiam seu poetizar :D

    ResponderExcluir